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Existem muitos tipos de dores de cabeça. O estado emocional é um dos principais fatores que desencadeiam esse problema, assim como a falta de sono, uso de óculos com grau incorreto, exposição a ruídos, traumas por batidas, sintoma de alguma doença e da enxaqueca.

• Enxaqueca
A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça pulsátil, geralmente acompanhada de náusea, incômodo à luz e vômito, em crises que podem durar de 4 a 72 horas.  É uma das doenças mais frustrantes que se pode ter, pois não existem remédios específicos para esse tipo de dor, o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. 

As suas causas exatas são desconhecidas, embora se saiba que elas estão relacionadas com alterações do cérebro e possuem influência genética. No entanto, alguns fatores podem desencadear as crises, de acordo com cada pessoa, como: stress, falta ou excesso de sono, uso de anticoncepcionais, cheiros fortes, muito barulho e jejum prolongado.

Enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça intensa! Ela pode prejudicar a comunicação entre os neurônios e comprometer a cognição.

A doença também sabota a concentração e a memória, pois compromete a  transmissão de estímulos do cérebro. 

Para driblar essas falhas cognitivas, o caminho é prevenir as crises, fugindo dos elementos que servem de gatilhos, como alguns alimentos, cafeína, bebida alcóolica e aromas intensos. Manter o tratamento prescrito pelo seu médico também é essencial nesse controle.

As dores de cabeça e as crises de enxaqueca são ainda mais comuns no verão. Isso ocorre porque, com as altas temperaturas, a exposição aos fatores que desencadeiam problemas desse tipo é muito maior. Em grande parte dos casos, a desidratação é o principal motivo. 

Portanto, é muito importante manter o corpo hidratado durante toda estação.

Outros gatilhos também podem ser relacionados a enxaqueca nesta época do ano. Entre os mais frequentes, estão: poucas horas de sono, má alimentação, exagero no consumo de álcool, além de mudanças bruscas de temperatura causadas pela entrada e saída do ar condicionado. O controle das crises deve ser realizado a longo prazo e com supervisão de um especialista. Procure o pronto socorro apenas em casos realmente necessários e evite ingerir analgésicos sem consentimento médico.

• Cefaleia tensional
Dores de cabeça após um episódio de grande estresse ocorrem porque o estado de tensão promove uma contratura muscular do pescoço e dos ombros que irradia para a cabeça.

Normalmente, problemas emocionais como ansiedade, depressão ou nervosismo estão associados à esse tipo de cefaleia, chamado de cefaleia tensional. Caracteriza-se pela dor em peso, aperto ou pressão, o que a difere da enxaqueca. 

Geralmente acomete ambos os lados da cabeça, podendo ser mais intensa na testa, na nuca ou na cabeça toda.⠀

#ficaadica: o uso excessivo de analgésicos pode criar efeito rebote e piorar a frequência das dores. Recomendo não negligenciar a dor e nem se automedicar.⠀

• Cefaleia em salvas
Caracterizada por uma dor de cabeça muito forte e lancinante, é uma doença rara que atinge apenas um lado da face e o olho, provocando dor atrás e ao redor do olho no mesmo lado da dor, corrimento nasal e incapacidade de fazer qualquer outra atividade. 

Geralmente surge durante o sono, interrompendo-o e, por conta disso, acredita-se que as suas causas estejam relacionadas ao mal funcionamento do hipotálamo, que regula o tempo de sono e vigília.

Independente do tipo de dor de cabeça, é importante ficar atento a alguns sinais. Se a dor for persistente, intensa e não cessar com analgésicos comuns, é preciso procurar um neurologista, para que ele possa investigar qual o tipo de dor e recomendar o tratamento mais adequado. 

Adotar técnicas de combate ao estresse e exercícios de relaxamento, bem como ingerir alimentos mais leves, controlar o consumo de bebidas alcóolicas, dormir bem, e  evitar trocas bruscas de temperatura, principalmente após ficar exposto por muito tempo ao calor, podem ajudar a prevenir o problema.

A demência não é uma doença específica, mas ela define quadros caracterizados pela deficiência cognitiva progressiva: um grupo de sintomas que causam alterações nas áreas do cérebro, resultando em problemas de memória, comportamento, linguagem e personalidade a ponto de interferir na qualidade de vida das pessoas.

O aumento da curva da demência está diretamente ligado à longevidade da população, onde o aumento significativo de indivíduos com mais de 70 anos é a principal explicação para um cenário que prevê duplicar, até 2050, o número de pessoas atingidas.

Quando se fala nesse assunto, geralmente a primeira coisa em que pensamos é na Doença de Alzheimer, por ser, talvez, a mais frequente e mais conhecida (no Brasil, quase 2 milhões de pessoas têm demências e cerca de 40% a 60% delas foram diagnosticadas com Alzheimer).

Mas há outros tipos, classificados de acordo com as causas e sintomas:

• Demência Vascular
É o segundo tipo de demência mais frequente e ocorre pela diminuição da circulação sanguínea do cérebro. Sua principal causa é o AVC.

• Demência frontotemporal
É uma perturbação do comportamento, que acorre pela atrofia e perda de células nervosas de um ou ambos os lobos frontais e temporais do cérebro.

• Demência com corpos de Lewy
Ocorre pelo acúmulo de proteínas no tecido cerebral. É também conhecida como perturbação neuro-cognitiva.

• Demência senil
Trata-se de uma das principais causas de incapacidade em idosos. Doenças neurodegenerativas, uso frequente de medicamentos como soníferos, anti-depressivos e relaxantes musculares estão entre as suas principais causas. 

A ciência mostra que ao incluir atitudes simples no dia a dia dá para evitar a demência. Anote:⠀

• Mantenha a saúde em dia
Controle os níveis de colesterol e a pressão arterial.

• Exercite-se
Proteja a memória contra os impactos negativos que o estresse crônico provoca.

• Mantenha o cérebro ativo
A palavra cruzada é interessante no começo, mas depois tente aprender um novo idioma ou a leitura de um livro. Isso aumenta a reserva cognitiva do cérebro e diminui a incidência de doenças que prejudicam a memória.

• Cultive as amizades
Tenha os amigos por perto, pois a solidão aumenta os níveis de hormônio do estresse e inflamações e aumenta o risco de demência.

• Evite o excesso de álcool
A ingestão deste tipo de bebida provoca danos permanentes às células e aumenta as chances de demência precoce. Beba com moderação.

• Faça refeições saudáveis
Priorize peixes, azeite, grãos integrais, espinafre e azeite.

• Durma bem
Ter uma boa noite de sono garante o bom funcionamento do organismo e evita o acúmulo de proteínas relacionadas, principalmente, ao Alzheimer.

Uma pessoa pode ter um ou dois episódios de convulsão na vida. O tipo mais frequente é de pacientes com movimentos grosseiros de membros, desvio dos olhos e perda de consciência.

Mas quando uma mesma pessoa tem mais de duas convulsões em um curto período de tempo, é preciso investigar se é epilepsia.

Estima-se que o Brasil haja cerca de 3 milhões de pessoas com epilepsia.

Na crise epiléptica, por algum motivo, o cérebro recebe descargas elétricas anormais e excessivas que interrompem suas funções. O paciente tem perda no controle muscular, manifestações involuntárias no comportamento e perda de consciências. Um tipo de crise epiléptica é a convulsão.

Vários gênios da arte, literatura e música eram portadores de epilepsia: os escritores Machado de Assis, Fiódor Dostoiévski e Gustave Flaubert; a heroína francesa Joana D’arc; o pintor Vincent van Gogh e o cantor Prince tinham em comum essa doença, o que não os impediu de exercer as suas profissões ou habilidades. 

Embora a palavra epilepsia ainda assuste bastante, é possível conviver muito bem com a doença. Em geral, o tratamento é simples e barato.

O que é importante saber:

• Pacientes com epilepsia podem ter uma vida normal 
• Não é uma doença mental 
• Não é contagiosa
• Acomete pessoas de todas as idades
• Pode ser controlada com a medicação correta
• Além da medicação, há outras formas de tratamento 
• É possível dirigir carro, desde que esteja controlada e com laudo médico

A conscientização sobre a doença ajuda a diminuir preconceitos.

Já conhecemos o coronavírus, sua ação no organismo, sintomas da infecção, grupos de risco, como prevenir e como tratar a Covid-19.

Já sabemos do aumento significativo de doenças mentais desde o início da pandemia, com o Brasil liderando em casos de depressão e ansiedade, mas ainda não sabemos exatamente como ficaremos fisicamente quando ela passar. 

Haverá sequelas físicas em quem teve a doença?
Este ainda é um assunto amplamente discutido, pois a Covid-19 gera muitas dúvidas em todos os que já vivenciaram a doença, bem como muitos questionamentos e pesquisas na classe médica quanto às consequências que pode deixar no corpo humano.

O vírus tende a piorar todas as condições que o paciente já possuía anteriormente, tanto durante o período de inflamação quanto depois da cura, por tempo variável e
novos sintomas também podem ocorrer até mesmo em quem não apresentava nenhuma queixa. 

São sintomas comuns na Neuro-covid:

  • Piora de cefaleia prévia ou surgimento de nova: a maioria dos casos pós-COVID não requer hospitalização e pode ser manejada ambulatorialmente para avaliação clínica;
  • Déficit Cognitivo: dificuldades na fala ou limitações motoras
  • Déficit de Atenção: problemas de concentração e memória;
  • Sonolência;
  • Perda de olfato e de paladar;
  • Ansiedade;
  • Depressão.

São necessários mais estudos e pesquisas para entender qual será o impacto a longo prazo e como combater as sequelas da Covid-19. Mas já se sabe que pacientes recuperados de Covid-19 podem apresentar sintomas neurológicos de variadas intensidades.

Mas há uma luz no fim do túnel: é possível que o quadro seja reversível, graças à neuroplasticidade, ou seja, a capacidade dos neurônios formarem novas conexões entre si. 

Desde o nascimento, um sono de qualidade impacta no desenvolvimento do bebê: na sua organização fisiológica, na maturação do sistema neurológico, no desempenho de funções vitais e no desenvolvimento da fala e da linguagem.

Durante a puberdade, o sono dos adolescentes passa por alterações significativas que podem diminuir cerca de 60 a 120 minutos de sono por semana e causar, por exemplo, aumento de sonolência diurna, dificuldade de concentração, diminuição do desempenho físico e cognitivo, além de transtornos mentais como ansiedade, depressão e déficit de atenção.

À medida em que vamos envelhecendo, o sono sofre modificações previsíveis. Na fase adulta, a quantidade de sono suficiente varia de pessoa para pessoa, com a média de 8 horas por dia para indivíduos saudáveis, sem nenhum distúrbio de sono.

Uma boa noite de sono é essencial para que o corpo recupere as energias, otimize o metabolismo e regule a função dos hormônios fundamentais para o seu funcionamento, além de consolidar a memória, facilitar a reparação de tecidos e prevenir doenças graves, como ansiedade, depressão, Alzheimer e o envelhecimento precoce.

Noites mal dormidas são sinônimo de irritabilidade, cansaço e dificuldade de concentração. 

Quem não dorme bem deve procurar a ajuda de um especialista, pois a ausência do sono restaurador, além de tirar a disposição, pode prejudicar a saúde física e mental. 

Dormir bem é tão importante para o organismo quanto uma boa alimentação e a prática de exercícios físicos. Portanto, é preciso ficar alerta para que os distúrbios do sono não roubem o seu descanso. 

Conheça os mais comuns:

• Insônia: dificuldade de iniciar e/ou manter o sono;
• Apneia do sono: perturbação da respiração com interrupção do fluxo respiratório;
• Sonolência excessiva durante o dia;
• Sonambulismo: comportamentos inadequados durante o sono;
• Síndrome das pernas inquietas: desordem neurológica geralmente associada à necessidade incontrolável de movimentar as pernas;
• Bruxismo: ato inconsciente de ranger e apertar os dentes de forma involuntária;
• Narcolepsia: ataque de sono incontrolável;
• Paralisia do sono: incapacidade de se mover ou falar logo após acordar.

Alguns hábitos podem ajudar a ter uma noite tranquila:

Evitar café à noite 
Quem sofre de insônia e não abre mão do cafezinho, deve tomar cuidado. A cafeína em excesso pode atrapalhar o sono, já que é um estimulante. O ideal é tirá-lo da rotina, principalmente depois da 17 horas.

Evitar o cigarro 
O cigarro causa inúmeros malefícios à saúde, inclusive a insônia. Durante seu sono, o fumante entra no estado de abstinência à nicotina, estimulando o despertar durante a madrugada. Procure maneiras de abolir de vez o cigarro de sua rotina, exercício físico é uma ótima opção. 

Moderar o consumo de bebidas alcoólicas
Mesmo com seu efeito relaxante, o álcool causa insônia por prejudicar a fase profunda do sono. Roncos e apneias também ficam agravados, já que o álcool provoca o relaxamento dos músculos da garganta . A dica é diminuir o consumo.

Comer menos no jantar 
Comidas pesadas à noite não combinam com sono restaurador. Procure evitar excessos no jantar. Prefira alimentos leves como saladas, sopas e proteínas magras. 

Desligar dos problemas
Todo mundo pode ter problemas. No entanto, não é saudável viver pensando neles o tempo todo. O excesso de preocupações tem atrapalhado seu sono? Procure se desligar de trabalho e do que chateia, assistindo filmes e buscando formas de entretenimento para relaxar.

Distúrbios dos movimentos são condições neurológicas que afetam o funcionamento voluntário e involuntário dos músculos e influenciam a qualidade, velocidade e fluência dos movimentos corporais, impactando as atividades de vida diária e as funcionalidades do indivíduo.

As causas podem ser genéticas, traumáticas, tóxicas, infecciosas, e secundárias ao uso de medicamentos, a processos expansivos do sistema nervoso (tumores) e a distúrbios metabólicos.

Exemplos de patologias neurológicas onde há distúrbios de movimento

Doença de Parkinson, tremor essencial, parkinsonismo secundário, coreia de Huntington, síndrome das pernas inquietas.

Classificação dos distúrbios da movimentação

• Movimento excessivo (hipercinesia);

• Movimento intencional reduzido (hipocinesia);

• Movimento involuntário anormal (discinesia).

Pode ser de vários tipos:

• Tremores: movimentos involuntários rítmicos causados por contrações alternadas de grupos musculares. Aparecem durante o repouso (estático), durante a movimentação (tremor cinético ou de ação) ou em determinada postura (tremor postural).

• Distonias: alterações do tônus muscular caracterizadas por contrações sustentadas, causando abalos lentos e movimentos de torção com posturas anormais.

• Coreia: têm início abrupto, explosivo, de curta duração, repetindo-se com intensidade e localização variáveis, aparentando uma dança ondulante.

• Atetose: movimento involuntário mais lento e sinuoso, lembrando uma contorção, envolvendo as extremidades.

• Balismos: amplos, de início e fim abruptos, que levam a deslocamentos bruscos, violentos, colocando em ação grandes massas musculares, assemelhando-se a chutes ou arremessos.

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Dicas, sugestões e esclarecimentos sobre neurologia no dia a dia. Um espaço com temas e reflexões sobre saúde e bem-estar.

Sobre

Dr. Alexandre Taborda é médico neurologista com ênfase em neurofisiologia clínica pela Universidade Estadual Paulista – Unesp Botucatu, há 20 anos. 

Desde 2001 atua na Clínica Vértex | Medicina Multidisciplinar, com atendimento focado em dores de cabeça, distúrbios do sono, epilepsia, distúrbios cognitivos (demências) e distúrbios de movimento.

CRM/SP 87709 • RQE 78556

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